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segunda-feira, 29 de março de 2010

- Paulista jogando !


franca - sp, capoeira, professor paulista

domingo, 28 de março de 2010

Manduca da Praia



Manduca da Praia, foi conhecido e temido pela polícia e pelos próprios capoeiristas. Auto, forte de barba e cabelos ruivos, viveu por volta de 1850, demonstrando superioridade a todos os capoeiristas daquela época no Rio de Janeiro, mesmo sendo uma época em que viveram terríveis capoeiristas como, por exemplo: Aleixo Açougueiro, Quebra Coco, Pedro Cobra, Bem-te-vi, Mamede e muitos outros.
Desde cedo Manduca já demonstrava agilidade saltando touros bravos, como também, no uso do punhal, da navalha e do Petrópolis, que é uma comprida bengala de madeira-de-lei, companheira quase que inseparável de Manduca e de todos os valentões da época.Também se destacando na malicia do soco, da banda e da rasteira, entre varias outras coisas. No entanto, se destacava dos outros pela sua frieza e calculismo, da inteligência que possuía em comparação aos seus companheiros (rufiões, gigolôs, valentões etc.)
Manduca era um capoeirista por conta própria, pois naquela época a capoeira, era muito perseguida pela polícia e, para se ser capoeirista era mais seguro e racional, fazer parte de alguma gangue ou malta, sendo que as mais fortes, eram os Nagôs e os Guaiamus, que eram as que comandavam o Rio de Janeiro naquela época, bem semelhante as gangues do tráfico de hoje em dia. Porém o Manduca queria muito mais do que fazer parte de uma gangue, coisa que poderia lhe atrapalhar em seus negócios, pois possuía uma banca de peixe e era guarda-costas de pessoas ilustres e principalmente políticos. Nas eleições do bairro de São José, pintava o Diabo e, nos esfaqueamentos, ninguém possuía a mesma competência.
Devido a sua grande influencia, respondeu a 27 processos por lesões corporais leves e graves, e não foi punido por nenhum, saindo-se totalmente ileso. Manduca ainda se tornou mais celebre, com a chegada do deputado português Santana que gostava de desafios de briga de rua, que era uma coisa semelhante ao vale tudo de hoje, só que não havia pontos e nem juizes, perdia aquele que fosse a lona ou pedisse arrego, sendo que o ultimo era negado algumas vezes.
Manduca foi então desafiado e foi o grande campeão, deixando Santana abismado com tanta destreza. Apos o combate, os dois saíram abraçados e foram tomar champanhe se tornando grandes amigos. Manduca da Praia era um campeão da Capoeira da época no Rio de Janeiro, uma Capoeira que não possuía musica ou qualquer tipo de instrumentos, era quase que uma briga de rua.
Manduca como dito anteriormente, era alto, claro barba pontuda ruiva e cabelos da mesma cor; nunca deixava de lado o seu casaco comprido e de tecido grosso e, uma corrente de ouro de que pendia o seu relógio também de ouro. Manduca levou uma vida com certas regalias, pois a sua banca de peixe, era um negócio que lhe rendia bons lucros.

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Besouro Manganga !



Manuel Henrique Pereira (1895 — 1924), conhecido como Besouro Mangangá ou Besouro Cordão de Ouro foi um lendário capoeirista da região de Santo Amaro da Purificação, na Bahia.




História

A palavra capoeirista assombrava homens e mulheres, mas o velho escravo Tio Alípio nutria grande admiração pelo filho de João Grosso e Maria Haifa. Era o menino Manoel Henrique que, desde cedo aprendeu, com o Mestre Alípio, os segredos da Capoeira na Rua do Trapiche de Baixo, em Santo Amaro da Purificação, sendo batizado com Besouro Mangangá por causa da sua flexibilidade e facilidade de desaparecer quando a hora era para tal.

Muitos e grandiosos feitos lhe são atribuídos. Diziam que não gostava da polícia (que diversas vezes frustou-se ao tentar prendê-lo), que tinha o "corpo fechado" e que balas e punhais não podiam feri-lo. Certa época, quando Besouro trabalhou numa usina, por não receber o ordenado, segurou o patrão pelo cavanhaque e o obrigou a pagar o que lhe devia.

As circunstâncias de sua morte são contraditórias. Há versões que afirmam que Besouro morreu em um confronto com a polícia; outras, que foi traído, com um ataque de faca pelas costas. Esta última é muito cantada e transmitida oralmente na capoeira. Um fazendeiro, conhecido por Dr. Zeca, após seu filho Memeu apanhar de Besouro, armou uma cilada, mandando-o entregar um bilhete a um amigo que administrava a fazenda Maracangalha. Tal bilhete pedia para que seu portador fosse morto. Besouro, analfabeto, não pôde ler que aquele bilhete era endereçado ao seu assassino e que esclarecia que o portador era a vítima, ou seja, ele próprio. Assim, no dia seguinte, ao voltar para saber a resposta, 40 soldados o estavam esperando. Um homem conhecido por Eusébio de Quibaca acertou-lhe nas costa uma faca de tucum (ou ticum), um tipo de madeira, tida como a única arma capaz de matar um homem de Corpo Fechado.

Era um negro forte e de espírito aventureiro, nunca trabalhou em um lugar fixo nem teve uma profissão definida.




Cadê o Besouro

Canção muito conhecida na capoeira

Besouro Mangangá era homem de corpo fechado

Bala não matava e navalha não lhe feria

Sentado ao pé da cruz enquanto a polícia o seguia

Desapareceu enquanto o tenente dizia

Cadê o Besouro

Cadê o Besouro

Cadê o Besouro Chamado Cordão de Ouro

Besouro era um homem que admirava a valentia

Não aceitava a covardia Maldade não admitia

Com a traição quebrou-se a feitiçaria

Mas a reza forte só Besouro quem sabia

Cadê o Besouro Cadê o Besouro

Cadê o Besouro Chamado Cordão de Ouro

Cadê o Besouro

Cadê o Besouro

Cadê o Besouro Chamado Cordão de Ouro

Atrás de Besouro, o tenente mandou a cavalaria

No estado da Bahia

E Besouro não sabia

Já de corpo aberto,

Fez sua feitiçaria

Cada golpe de Besouro Era um homem que caia

Cadê o Besouro

Cadê o Besouro

Cadê o Besouro Chamado Cordão de Ouro

Cadê o Besouro

Cadê o Besouro

Cadê o Besouro

Chamado Cordão de Ouro
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